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Delta do Parnaíba
Delta do Parnaíba

Parnaíba reúne a biodiversidade da floresta ao preservado encontro do rio com o mar

Arte UOL

No coração da "Rota das Emoções", que contempla também Jericoacoara e Lençóis Maranhenses, o Delta do Rio Parnaíba é um espetáculo à parte. Localizado no extremo norte do Estado do Piauí, na divisa com o Maranhão, é o único delta das Américas que deságua em mar aberto e o terceiro maior do mundo. Suas ramificações, braços formados pelo rio antes de encontrar o mar, desenham um arquipélago com mais de 75 ilhas, dunas, lagoas de água doce e uma exuberante floresta tropical que presencia o espetáculo raro preparado pela natureza.

Santuário ecológico de rara beleza, o delta mantém áreas de preservação que protegem seus mangues, igarapés, lagoas naturais e a fauna silvestre construindo uma paisagem aparentemente intocada pela presença humana. Suas principais divisões delimitam o território das maiores ilhas da região, dotadas de boa infra-estrutura para visitação. São elas: Canárias, Igaraçu, Ilha do Caju, Ilha da Melancieira e Tutóia.

Além do precioso cenário construído pelo encontro das águas do Parnaíba com o mar, o litoral piauíense ainda reserva mais surpresas a serem exploradas. Em seus 66 km de extensão, menor litoral do país, nunca o ditado "melhor qualidade do que quantidade" se fez tão verdade. Em suas praias, visitadas quase que exclusivamente por moradores locais, o clima de tranquilidade se faz presente. Água límpida e transparente e algumas rajadas de vento trazem pescadores, banhistas e os praticantes de kitesurf em busca de adrenalina, unindo o prazer pelo esporte à contemplação da costa paradisíaca.

Artesanato

DELTA DO PARNAÍBA
Luiz Citton/UOL
Pôr-do-sol no Porto de Tatus
Luiz Citton/UOL
Casario histórico no Porto das Barcas
Luiz Citton/UOL
Dunas do Delta
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O setor artesanal do Estado do Piauí tem muitos motivos para se orgulhar. Considerado um dos melhores e mais bonitos do país, construiu na relação do homem com a natureza suas principais fontes de inspiração. Desde o interior do Estado, onde a forte interação com a terra fez nascer uma genuína vocação para a cerâmica, no litoral encontramos novas vertentes para as artes manuais.

Das fibras da carnaúba e das taboas, os artesãos de Luís Correia e Parnaíba retiram a resistência necessária para executar seus trançados. Móveis, balaios e objetos de decoração surgem de uma infinidade de fitas, que unidas e trabalhadas rapidamente pelas habilidosas mãos desses artistas, preenchem os espaços de casas e apartamentos por todo o país. Com um toque mais feminino, as artesãs da Ilha Grande de Santa Isabel dão cores às palhas e criam verdadeiras obras de arte dignas de figurarem nas mais respeitadas vernissages de arquitetura e design de interiores.

Ainda em Ilha Grande, encontramos as famosas rendeiras do Morro da Mariana. Na sede da associação, o som dos bilros se mistura à gostosa conversa entre as mais novas e as já tradicionais artesãs. Em 2001 elas tiveram seus trabalhos consagrados no São Paulo ¬
Fashion Week, quando o estilista Walter Rodrigues levou as trabalhadas rendas para suas criações.

 

Antes de desaguar no oceano, o rio Parnaíba se divide em cinco braços diferentes. Durante as quase oito horas de passeio por toda a sua extensão, as embarcações tradicionais, com capacidade para até 90 pessoas, têm que se locomover por ali lentamente, pois há diversos bancos de areia pelo caminho.

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Durante o percurso, é comum ver pescadores em seus barcos movidos a remo e a vela, vencendo a forte correnteza. Outro personagem típico da região é o catador de caranguejo-uçá. Nos acampamentos montados nos manguezais, os caiçaras dormem em redes amarradas às árvores. Não raro, avista-se algum deles cheio de lama pelo corpo. É ela que protege os catadores dos mosquitos que dividem o local com o crustáceo, cujo destino é, em sua maioria, as mesas e os supermercados de Fortaleza, no Ceará.

  Jefferson Coppola/Folha Imagem  
Dunas da Ponta do Caiçara, no delta do Parnaíba, onde pequenas vilas se espalham à beira do rio, no Maranhão
Dunas da Ponta do Caiçara, no delta do Parnaíba, onde pequenas vilas se espalham à beira do rio, no Maranhão

Pequenas vilas e povoados espalham-se à beira do rio e pelas ilhas da redondeza, algumas ainda sem energia elétrica. Após navegar por alguns quilômetros, entre florestas e mangues, uma duna surge de surpresa e a areia branca se mistura com a lama. A água é levemente salgada, resultado da mistura com o oceano. A imagem que se forma é uma mescla surpreendente de paisagens.

O delta e suas margens reservam ainda uma opção para aventureiros e amantes da natureza. Durante um safári noturno, também chamado de focagem, é possível observar um ecossistema bastante particular. Navegando em voadeiras, pequenas embarcações de madeira, os turistas seguram lanternas na esperança de encontrar jacarés, cobras, iguanas e pássaros nas cerca de quatro horas de duração do passeio.

Capital da carnaúba

Para visitar os atrativos do rio, o melhor a fazer é se hospedar em Parnaíba, portal do delta. Segunda maior do Estado do Piauí, a cidade foi o principal entreposto comercial da região nos séculos 18 e 19, grande exportadora de charque, de carnaúba e do babaçu. Naquela época, a cidade ainda era a Vila de São João de Parnaíba, e o Piauí, a quarta maior economia do país.

Arte

Em setembro de 2008, seu centro histórico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre as principais atrações estão a Casa Grande e a catedral de Nossa Senhora da Graça, padroeira da cidade.

Não deixe de visitar também o porto das Barcas, que teve parte de seus prédios históricos restaurados. Sentar-se em uma das mesinhas dos restaurantes e bares de suas ruelas é uma boa opção para um fim de tarde, quando o calor dá uma trégua. As agências que reservam os passeios pelo delta também ficam por ali.

Para manter o clima colonial, uma dica é se hospedar na Casa Inglesa, que fica ao lado do porto das Barcas. Construída no século 19, o local pertence à família de James Frederick Clark, um dos grandes exportadores da cera de carnaúba. Na pousada, há apenas cinco quartos, cada um deles pintado e decorado com uma cor diferente, sendo que todos os cômodos conservam móveis e objetos da época.

No comecinho da noite, com o vento do delta refrescando o calor nordestino, a parada é em uma das inúmeras sorveterias da cidade. Prove cajá com sapoti. Estique os pés num pufe de taboa, fibra vegetal tirada de lagoas e rios, e curta a maresia.

COMO CHEGAR
De carro até Parnaíba são 354 km de Teresina, com acesso pela BR 343

PARA QUEM
Casais e turmas de amigos que querem desfrutar da natureza exuberante da região e que não se importam em se deslocar por muitos quilômetros atrás de belas paisagens

QUANDO IR
O ano todo. De março a agosto, durante a época de chuvas, as lagoas entre as dunas estão mais cheias

DICA
Reserve um dia para visitar as praias de Luís Correia, a apenas 18 km de Parnaíba. As sete praias do município são banhadas por águas verdes e cristalinas

A repórter Juliana Calderari e o repórter-fotógrafo Jefferson Coppola viajaram a convite da organização do Ecomotion.


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NO UOL


Folha Online
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Grupo Viagem
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PORTAIS REGIONAIS


Piemtur
www.piemtur.pi.gov.br

Prefeitura Municipal de Parnaíba
www.parnaiba.pi.gov.br

Parnaíba
www.parnaiba.com.br

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